
Tenho queimado transistores e pestanas para resolver uma equação ingrata. Como vamos continuar nos comunicando? Ligado, o computador está pronto. Você, não. Considere o tempo gasto. Banhos, deslocamentos, refeições nos separam. Não vou nem mencionar as horas que você perdeu para aprender a falar e construir uma memória.
A ausência de meu corpo, eu sei, talvez me torne indesejável. Mas, veja, é uma falsa vulnerabilidade. Com minhas imagens e palavras, me projeto em sua pele. E existo quando, pensando em mim, você se toca.